sábado, 20 de janeiro de 2018

Eleições /UniCV. Judite Nascimento e Artur Furtado passam à segunda volta




Quatro candidatos foram às eleições para a presidência da reitoria da Universidade de Cabo Verde, realizadas hoje, 19 de Janeiro, com os seguintes resultados: Judite Nascimento 43,6%, Artur Furtado 36,05%, Corrine Almeida 13,49% e Eurídice Monteiro 6,86%.

Assim, Judite Nascimento e Artur Furtado passam à segunda volta, cuja data será marcada nos próximos dias.
Judite Nascimento é candidata à sua própria sucessão e, segundo informações de uma fonte ligada à administração do processo eleitoral na universidade pública, ela passou à segunda volta graças aos votos de professores, e alguns profissionais não docentes.

Os dados de votação a que Santiago Magazine teve acesso dão conta que 212 estudantes, 96 professores e 71 funcionários votaram em Judite Nascimento.

Artur Furtado contou com os votos de 696 estudantes, 66 professores e 31 funcionários.
Corrine Almeida teve os votos de 232 estudantes, 27 professores e 14 funcionários.

Já Eurídice Monteiro teve os votos de 172 alunos, 10 professores, 5 funcionários.
De acordo com o regulamento eleitoral, o voto dos estudantes tem um peso de 20%, dos funcionários 20%, e dos professores 60%.
Segundo a Comissão Eleitoral, constam dos cadernos eleitorais mais 4 mil eleitores, sendo mais de 3 mil estudantes, mais de 100 funcionários, 80 professores doutores e 150 não doutores.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Mário Lúcio no Kriol Jazz Festival



Mário Lúcio é outro artista cabo-verdiano confirmado para a 10ª edição do Kriol Jazz Festival, que está agendado para os dias 14, 19, 20 e 21 de Abril.

Mário Lúcio estará no palco do Kriol Jazz Festival no dia 20 de Abril, na mesma noite de Seu Jorge.
Mário Lúcio lançou no ano passado o seu quinto trabalho discográfico “Funanight”, com 16 temas, compostos por funaná lento e repicado, eletrónico e “cru”, só a ferro e gaita, cótxi pó e funaná que se mescla com forró, com raggae e heavy metal.

O músico cabo-verdiano conta com alguns discos a solo no mercado como “Mar e Luz” (2004), “Ao Vivo e Aos Outros” (2006), “Badyo” (2008) e “Kreol” (2010). Antes, com a banda Sementeira, plantou e colheu “Raiz” (1995), “Barro e Voz” (1997), “Simentera” (1999) e “Tr’aditional”(2002).

Este evento, que é organizado pela Câmara Municipal da Praia, em parceria com a Harmonia Lda, completa este ano 10 anos, e vai homenagear Os Tubarões e Bulimundo.
O Kriol Jazz Festival arranca no dia 14 de Abril com o Kriol Zona, no bairro da Vila Nova, e terá, à semelhança dos anos anteriores, atuações de artistas e grupos nacionais.

Preço do leite aumenta em todo o país



Preço do leite aumenta e Governo promete analisar a situação e tomar medidas dentro de 3 a 6 meses para impedir eventuais prejuízos ao consumidor final.

A subida dos preços do leite é derivada do agravamento das taxas de importação sobre os laticínios e sumos de fruta aprovado em sede do Orçamento do Estado para o corrente ano.

Quem o diz é a empresa Montanhês Cabo Verde que acaba de anunciar na sua página do Facebook o aumento do preço do leite em 15%, com efeitos a partir desta data. A empresa justifica que esta subida preços dos seus produtos se deve ao agravamento da taxa de importação de produtos laticínios e sumo de fruta.

“Informamos aos nossos clientes que a partir de hoje teremos que subir o preço do leite em 15% derivado ao aumento da taxa de importação imposto pelo governo”, escreve a empresa, sublinhando que “será no momento a marca Montanhês na versão meio litro meio gordo e gordo que vão sofrer este aumento, sendo que posteriormente o aumento de 15% vai incidir no pacote de 1 Litro marca Montanhês e marca Frischli”.

A Montanhês Cabo Verde faz questão de informar aos seus clientes que todos os seus leites são de origem certificada, qualidade atestada e reconhecida mundialmente. “Leite Montanhês e leite Frischli são fabricados com leite puro de vaca e não com leite em pó adicionado com água”, avisa.

Perante este facto o Governo já reagiu. O vice-primeiro-ministro ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, declarou hoje à Rádio Nacional que o Governo está atento e que o consumidor final não pode ficar prejudicado.

“Estamos atentos. Estamos a seguir e se houver desvio em relação àquilo que foi os objetivos tomamos as medidas que forem necessárias”, prometeu Olavo Correia, acrescentando que dentro de 3 a 6 meses o Governo terá as informações exatas sobre o impacto desta imposição fiscal e assim adotar as medidas cautelares necessárias para o efeito.

Que medidas cautelares? “Várias. No âmbito da fiscalização, do controle de preços. Vamos olhar para o início da implementação desta medida e em função dos desvios o Governo tomará as decisões que se impuser”, responde o vice-primeiro-ministro ministro de Cabo Verde.

Recorde-se que o agravamento de taxas de importação de laticínios e sumos de fruta entre 20 a 35% foi aprovado por unanimidade pelo parlamento cabo-verdiano com os votos da maioria (MpD) e do maior partido da oposição (PAICV).

Na ocasião, vozes da sociedade civil se levantaram contra este agravamento, acusando tratar-se de uma lei feita à medida para proteger a Tecnicil Indústria, uma empresa onde Olavo Correia exerceu funções de administrador até à sua chamada para o Governo, em Abril de 2016.

Mas Olavo Correia não vê qualquer ligação entre uma coisa e outra, defendendo que esta proposta partiu da Câmara do Comércio e Indústria de Sotavento, e mereceu o voto favorável da situação e do maior partido da oposição, PAICV.

Com a entrada em vigor do Orçamento do Estado para 2018, o leite e seus derivados, como as natas, que de acordo com a atual pauta aduaneira pagam 5% de direitos de importação, vão passar a pagar 20%. Os iogurtes naturais e com frutas adicionadas passam de 20% para 25% e os sumos de frutas não fermentados passam de uma taxa aduaneira de 30% para 35%.

Apesar do mal-estar que tal proposta provocou na sociedade, na ocasião, Olavo Correia, considerou tratar-se de uma “medida para proteger a indústria nacional” ressalvando, no entanto, que esse aumento não poderá refletir-se nos consumidores.

“Os consumidores não podem pagar a proteção da indústria nacional. O aumento de preço nos direitos de importação tem de ser compensado com a produção local para que o preço médio global fique abaixo do praticado hoje no mercado”, havia dito, acrescentando que a medida funcionaria como um teste. “O Governo vai acompanhar com muito rigor a sua evolução e, se não funcionar, será descontinuada imediatamente”, prometera.

O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), por seu turno, teria votado favoravelmente a proposta depois de exigir ao Governo garantias de que estes produtos continuarão a existir no mercado em “quantidade, qualidade e preço” adequado.

Cabo Verde é um país fortemente dependente da importação de produtos alimentares de primeira necessidade, sendo Portugal o seu maior fornecedor (46,5% das importações cabo-verdianas em 2016). Os produtos agrícolas e alimentares são o terceiro maior grupo de produtos exportados de Portugal para Cabo Verde.

Fonte: Santiago Magazine