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A Cidade da Praia recebeu a primeira edição do
festival Morabeza-Festa de livro. Nesta linha, a Biblioteca Nacional acolheu de
um a cinco de Novembro uma feira de livros, como uma forma de convidar as
pessoas para uma viagem a literatura.
Na abertura da feira, foram expostos
muitos livros com uma forte presença de autores de várias nacionalidades. Durante
a sessão, o Ministro da Cultura e das Indústrias Criativa, Abrão Vicente ,
disse que “ o livro vai ser colocado no centro de toda a política cultural do
país com objetivo de formar próximas gerações”.
A feira de livro no Morabeza é uma
oportunidade de fazer contatos com novas obras literárias de diferentes
autores, mas também, um momento de encontros de autores nacionais e
estrangeiros que participaram na abertura da exposição de livros.
Abrão Vicente diz ter uma forte aposta
na literatura no infanto- juvenil como uma forma de adquirir o gosto pela
leitura, o mais cedo possível. Por isso vai incentivar os autores da escrita
infanto- juvenil a publicarem os livros.
“Queremos que os livros estejam nas
mão das pessoas e não nos armazéns e nas estantes. Por isso, o livro terá um
preço acessível para que, nos próximos meses organizemos pequenas feiras de
livros para que todos tenham acesso”, afirmou Abrão Vicente.
Nesta circunstância, durante a feira,
a Biblioteca Nacional recebeu visitas constantes. São crianças, adultos e todos
aqueles que querem trilhar a literatura. Contudo o preço do livro sofreu
oscilação ao longo dos dias.
A primeira edição do Morabeza trouxe à
feira uma forte presença dos autores e editores nacionais. A escritora
cabo-verdiana Hermínia Curado diz nunca ter visto tantos livros de autores
nacionais na feira. A mesma considera que os seus trabalhos estão a ser
valorizados. Por isso esta feira deve continuar.
O
festival literário trouxe á Cidade da Praia cerca de 40 escritores, e a próxima
edição acontecerá em São Vicente.
Atualmente, existem regiões que vivem intensos
conflitos. Toda guerra tem diversas causas, mas
geralmente é possível identificar uma causa principal. As vezes é difícil
distinguir as causas reais de uma guerra, das justificativas e discursos
adotados pelos atores envolvidos na guerra. As batalhas geralmente envolvem
várias das causas no qual transformou o mundo contemporâneo.
Para entender a
origem dos conflitos mundiais, faz-se necessário conhecer as diferentes
concepções de Estado ao longo dos anos. Até trezentos anos atrás a concepção de
Estado era muito relativa, isto é, os seres humanos viviam em pequenos grupos
étnicos (organizações feudais), como por exemplo, na Europa.
Atualmente, há uma
organização maior em torno disso, ou seja, o conceito de Estado está atrelado
ao conceito de País e Nação. É de suma importância saber distinguir cada um:
País como sendo um território delimitado por fronteiras e, nação, a população
desse mesmo território.
Em todos os continentes é possível identificar focos
de tensão que colocam em risco a paz daqueles que vivem nos locais que estão
envolvidos.
A luta por territórios, pela independência, por
questões religiosas, recursos minerais, são algumas das causas que trouxe o
conflito no mundo
Os conflitos contemporâneos são bem mais
complexos do que o simples busca do
poder. Eles envolvem um serie de fatores
económicos, sociais, ideológicos e religiosos em diferentes escalas. Alem disso
esses embates apresentam diferentes modalidades
em diversas estratégicas.
Um fato marcante neste novo conflito, é
que as guerras não constituem mais as formas predominantes na luta pelo poder.
Outra caraterística é que todos atingem profundamente a população civil,
sujeito a fome, abusos e todos os tipos de deslocamento forçados, criando uma
enorme massa de refugiados e refugiados
políticos .
Um grave problema desta guerra é a
pirataria, um ato que promove ataque a navios para roubos e cargas ou
sequestros de reféns, principalmente no oceano Indico. Piratas vazadas na
Somália atacam navios de toda nacionalidade.
Inúmeros, barcos, navios, de cargas ou
cruzeiros de lazer tem sido vitimas desse pirataria do seculo XXI.
O
nacionalismo separatistas é o outro e a
principal causa dos conflitos mundiais, o desejo de ter o próprio território e
administrar o seu próprio destino que leva comunidades nacionais a viver numa
nação governado por outro povo.
No continente europeu, um dos principais motivos de
conflitos é a questão do povo basco. O povo basco está distribuído no nordeste
da Espanha e sudoeste da França.
Outro caso de focos de conflitos no continente europeu
tem relação com a península balcânica. O desconforto ou descontentamento nesse
caso diz respeito às questões étnicas, uma vez que estão inseridas na região
diversas origens de povos, como os sérvios, croatas, eslovenos, montenegrinos,
macedónios, bósnios e albaneses.
Essa etnia luta pela independência política e
territorial há pelo menos 40 anos. Os bascos correspondem a um grupo social de
origem não identificada e que provavelmente teria chegado à península Ibérica
há 2000 anos. Em todo esse tempo, as nações que estão subordinadas preservaram
seus principais elementos culturais, como a língua, costumes e tradições.
A partir desse fato, no ano de 1959, foi criado um
movimento com ideias socialistas e separatistas denominado de ETA (Euskadi ta
Askatsuna ou Pátria Basca e Liberdade). Com o surgimento desse grupo tiveram
início os atentados, sobretudo, às autoridades.
A Irlanda do Norte (Ulster) integra o Reino Unido e
por esse motivo as decisões são geradas em Londres. No caso da Irlanda do
Norte, o que acontece é a luta entre católicos e protestantes. Os católicos
lutam há pelo menos 30 anos em busca da unificação com a República da Irlanda e
se opõem aos protestantes, que são a maioria e querem permanecer subordinados
ao Reino Unido.
O grupo
responsável pelas ações é formado pela parte católica que criou o Ira (Exército
Republicano Irlandês). Esse exército realiza diversos atos terroristas, pois
existe uma grande intolerância por parte dos grupos religiosos.
As divergências
contidas entre esses povos são desenvolvidas ao longo de muito tempo. O que
provoca tensão nessa região é a temática nacionalista e étnica.
No continente africano, o que motiva os conflitos é o
modo pelo qual o continente foi dividido. Antes da chegada dos europeus, os
africanos viviam em harmonia, pois os grupos rivais se respeitavam e isso não
gerava instabilidade. No processo de colonização, os países europeus se
reuniram em Berlim, em uma Conferência, para definir a divisão do espaço
africano para que esse fosse administrado e explorado pelas nações envolvidas
na reunião.
As fronteiras impostas pelos europeus não levaram em
conta as disparidades étnicas existentes no continente. Esse ato equívoco
provocou a separação de grupos aliados, “união” de grupos rivais e assim por
diante. Ao serem agrupados de forma desordenada e sem analisar a estrutura
social, cultural e religiosa, promoveu-se uma grande instabilidade em vários
pontos da África.
Na Ásia, o principal ponto de conflito está localizado no Oriente Médio, mais
precisamente no confronto entre árabes e israelenses. É comum observar nas
páginas de jornal, revistas e meios de comunicação em massa os conflitos
armados entre palestinos e israelenses. Geralmente são desenvolvidos por meio
de ataques terroristas, atentados, homens-bomba, entre outros m eventos sempre marcados por um elevado nível
de violência.
No Iraque, as divergências estão ligadas às questões
religiosas, econômicas, territoriais e étnicas. O país é protagonista de
confrontos com o Irã e o Kuwait, além da divergência eterna com os Estados
Unidos
O mundo, como conhecemos hoje, passou por diversos
conflitos territoriais entre os países e dentro dos países até chegar a divisão
atual. Esses conflitos continuam ocorrendo hoje em dia e irão continuar
acontecendo. Isso quer dizer que o mundo em que vivemos hoje irá passar por
muitas transformações.
Os conflitos trazem benefícios apenas para os
fabricantes de armas e para grupos de pessoas que comandam a parte que venceu a
guerra. Para as demais pessoas essas guerras trazem apenas dor, morte,
destruição, pobreza e desespero.
A solução para este problema passa pela
conscientização das pessoas pelo sentimento de paz, e por tolerar as
diferenças. Existem regiões, etnias, culturas e modos de vida diferentes. Mas
isso não faz um melhor do que outro.