segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Feira de livro, principal atrativo no Morabeza

 A Cidade da Praia recebeu a primeira edição do festival Morabeza-Festa de livro. Nesta linha, a Biblioteca Nacional acolheu de um a cinco de Novembro uma feira de livros, como uma forma de convidar as pessoas para uma viagem a literatura.

Na abertura da feira, foram expostos muitos livros com uma forte presença de autores de várias nacionalidades. Durante a sessão, o Ministro da Cultura e das Indústrias Criativa, Abrão Vicente , disse que “ o livro vai ser colocado no centro de toda a política cultural do país com objetivo de formar próximas gerações”.

A feira de livro no Morabeza é uma oportunidade de fazer contatos com novas obras literárias de diferentes autores, mas também, um momento de encontros de autores nacionais e estrangeiros que participaram na abertura da exposição de livros.
Abrão Vicente diz ter uma forte aposta na literatura no infanto- juvenil como uma forma de adquirir o gosto pela leitura, o mais cedo possível. Por isso vai incentivar os autores da escrita infanto- juvenil a publicarem os livros.

“Queremos que os livros estejam nas mão das pessoas e não nos armazéns e nas estantes. Por isso, o livro terá um preço acessível para que, nos próximos meses organizemos pequenas feiras de livros para que todos tenham acesso”, afirmou Abrão Vicente.
Nesta circunstância, durante a feira, a Biblioteca Nacional recebeu visitas constantes. São crianças, adultos e todos aqueles que querem trilhar a literatura. Contudo o preço do livro sofreu oscilação ao longo dos dias.

A primeira edição do Morabeza trouxe à feira uma forte presença dos autores e editores nacionais. A escritora cabo-verdiana Hermínia Curado diz nunca ter visto tantos livros de autores nacionais na feira. A mesma considera que os seus trabalhos estão a ser valorizados. Por isso esta feira deve continuar.


O festival literário trouxe á Cidade da Praia cerca de 40 escritores, e a próxima edição acontecerá em São Vicente.

Por-Cristina Gonçalves

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Século XXI marcado pelos conflitos mundias

Atualmente, existem regiões que vivem intensos conflitos. Toda guerra tem diversas causas, mas geralmente é possível identificar uma causa principal. As vezes é difícil distinguir as causas reais de uma guerra, das justificativas e discursos adotados pelos atores envolvidos na guerra. As batalhas geralmente envolvem várias das causas no qual transformou o mundo contemporâneo.

Para entender a origem dos conflitos mundiais, faz-se necessário conhecer as diferentes concepções de Estado ao longo dos anos. Até trezentos anos atrás a concepção de Estado era muito relativa, isto é, os seres humanos viviam em pequenos grupos étnicos (organizações feudais), como por exemplo, na Europa.

Atualmente, há uma organização maior em torno disso, ou seja, o conceito de Estado está atrelado ao conceito de País e Nação. É de suma importância saber distinguir cada um: País como sendo um território delimitado por fronteiras e, nação, a população desse mesmo território.


Em todos os continentes é possível identificar focos de tensão que colocam em risco a paz daqueles que vivem nos locais que estão envolvidos.

A luta por territórios, pela independência, por questões religiosas, recursos minerais, são algumas das causas que trouxe o conflito no mundo
Os conflitos contemporâneos são bem mais complexos  do que o simples busca do poder. Eles envolvem  um serie de fatores económicos, sociais, ideológicos e religiosos em diferentes escalas. Alem disso esses embates apresentam diferentes modalidades  em diversas estratégicas.

Um fato marcante neste novo conflito, é que as guerras não constituem mais as formas predominantes na luta pelo poder. Outra caraterística é que todos atingem profundamente a população civil, sujeito a fome, abusos e todos os tipos de deslocamento forçados, criando uma enorme massa de refugiados  e refugiados políticos .

Um grave problema desta guerra é a pirataria, um ato que promove ataque a navios para roubos e cargas ou sequestros de reféns, principalmente no oceano Indico. Piratas vazadas na Somália atacam navios de toda nacionalidade.
Inúmeros, barcos, navios, de cargas ou cruzeiros de lazer tem sido vitimas desse pirataria  do seculo XXI.
 O nacionalismo separatistas é  o outro e a principal causa dos conflitos mundiais, o desejo de ter o próprio território e administrar o seu próprio destino que leva comunidades nacionais a viver numa nação governado por outro povo.

No continente europeu, um dos principais motivos de conflitos é a questão do povo basco. O povo basco está distribuído no nordeste da Espanha e sudoeste da França.

Outro caso de focos de conflitos no continente europeu tem relação com a península balcânica. O desconforto ou descontentamento nesse caso diz respeito às questões étnicas, uma vez que estão inseridas na região diversas origens de povos, como os sérvios, croatas, eslovenos, montenegrinos, macedónios, bósnios e albaneses.

Essa etnia luta pela independência política e territorial há pelo menos 40 anos. Os bascos correspondem a um grupo social de origem não identificada e que provavelmente teria chegado à península Ibérica há 2000 anos. Em todo esse tempo, as nações que estão subordinadas preservaram seus principais elementos culturais, como a língua, costumes e tradições.

A partir desse fato, no ano de 1959, foi criado um movimento com ideias socialistas e separatistas denominado de ETA (Euskadi ta Askatsuna ou Pátria Basca e Liberdade). Com o surgimento desse grupo tiveram início os atentados, sobretudo, às autoridades.

A Irlanda do Norte (Ulster) integra o Reino Unido e por esse motivo as decisões são geradas em Londres. No caso da Irlanda do Norte, o que acontece é a luta entre católicos e protestantes. Os católicos lutam há pelo menos 30 anos em busca da unificação com a República da Irlanda e se opõem aos protestantes, que são a maioria e querem permanecer subordinados ao Reino Unido.

 O grupo responsável pelas ações é formado pela parte católica que criou o Ira (Exército Republicano Irlandês). Esse exército realiza diversos atos terroristas, pois existe uma grande intolerância por parte dos grupos religiosos.


 As divergências contidas entre esses povos são desenvolvidas ao longo de muito tempo. O que provoca tensão nessa região é a temática nacionalista e étnica.

No continente africano, o que motiva os conflitos é o modo pelo qual o continente foi dividido. Antes da chegada dos europeus, os africanos viviam em harmonia, pois os grupos rivais se respeitavam e isso não gerava instabilidade. No processo de colonização, os países europeus se reuniram em Berlim, em uma Conferência, para definir a divisão do espaço africano para que esse fosse administrado e explorado pelas nações envolvidas na reunião.

As fronteiras impostas pelos europeus não levaram em conta as disparidades étnicas existentes no continente. Esse ato equívoco provocou a separação de grupos aliados, “união” de grupos rivais e assim por diante. Ao serem agrupados de forma desordenada e sem analisar a estrutura social, cultural e religiosa, promoveu-se uma grande instabilidade em vários pontos da África.

Na Ásia, o principal ponto de conflito está localizado no Oriente Médio, mais precisamente no confronto entre árabes e israelenses. É comum observar nas páginas de jornal, revistas e meios de comunicação em massa os conflitos armados entre palestinos e israelenses. Geralmente são desenvolvidos por meio de ataques terroristas, atentados, homens-bomba, entre outros  m eventos sempre marcados por um elevado nível de violência.

No Iraque, as divergências estão ligadas às questões religiosas, econômicas, territoriais e étnicas. O país é protagonista de confrontos com o Irã e o Kuwait, além da divergência eterna com os Estados Unidos

O mundo, como conhecemos hoje, passou por diversos conflitos territoriais entre os países e dentro dos países até chegar a divisão atual. Esses conflitos continuam ocorrendo hoje em dia e irão continuar acontecendo. Isso quer dizer que o mundo em que vivemos hoje irá passar por muitas transformações.
Os conflitos trazem benefícios apenas para os fabricantes de armas e para grupos de pessoas que comandam a parte que venceu a guerra. Para as demais pessoas essas guerras trazem apenas dor, morte, destruição, pobreza e desespero.
A solução para este problema passa pela conscientização das pessoas pelo sentimento de paz, e por tolerar as diferenças. Existem regiões, etnias, culturas e modos de vida diferentes. Mas isso não faz um melhor do que outro.