quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Zona do Palmarejo vai ter nova viatura de recolha do lixo



Câmara Municipal da Praia anunciou esta  segunda-feira, 11, que vai trazer, uma nova viatura de recolha do lixo. Por uma recolha  “porta a porta” e “por contentores” nos bairros do Palmarejo Baixo e Monte Vermelho. Uma iniciativa de responder os moradores que queixam-se do mau funcionamento de horários com o serviço de recolha.
A autarquia afirma ter disponibilizado mais 75 contentores na zona, finalizando um total de 100 contentores, a uma distância máxima de 250 metros das residências.
A medida, com efeitos imediatos, tem como objetivo melhorar a recolha. Segundo o Vereador do Ambiente e Saneamento, Paulo Velhinho, é que muitos moradores afirmam não estar em casa para entregar o lixo na hora em que os camiões de recolha passam.
Desta forma a autarquia espera conseguir combater a situação recorrente de sacos de lixos pendurados nas grades das varandas e árvores. A CMP diz também haver situações de sacos pendurados em postes de eletricidade, o que já provocou vários curtos-circuitos.
Paulo Velhinho declara que a autarquia tem recebido queixas de moradores e até mesmo da Electra. Por esta razão além do aumento de contentores e mudança do sistema de recolha serão também levadas a cabo ações de sensibilização no terreno.

sábado, 2 de dezembro de 2017

Uni-CV: candidatos posicionam-se à reitoria



A Universidade de Cabo Verde dirige-se a votos para eleição para uma nova reitoria no dia 18 de Janeiro de 2018, e começam a ser conhecidos os 
 concorrentes de Judite Nascimento, atual reitora. Eurídice Monteiro e Artur Furtado são os nomes confirmados. Irene Cruz não avança com a candidatura  e Corrine Almeida pode ser a candidata a representar o polo de São Vicente.
 A socio-politóloga Eurídice Monteiro é a primeira a apresentar-se publicamente como candidata a suceder Judite Nascimento na reitoria da universidade pública, tendo enviado aos órgãos de comunicação social um dossier onde se apresenta no quadro de um projeto universitário que “simboliza a inovação e a renovação da instituição, uma aposta no desenvolvimento do conhecimento científico e uma mudança de paradigma no ensino superior em Cabo Verde”.
Monteiro é Doutorada pela Universidade de Coimbra, Diretora da Cátedra Amílcar Cabral da Uni-CV e professora em vários cursos da instituição. Ainda, diz-se  ter à frente de uma equipa “experiente, dinâmica, comprometida com a Universidade” com o apoio da qual pretende “contribuir decisivamente para tirar a Uni-CV da situação em que se encontra, dos conflitos insanáveis que foram criados durante os últimos anos devido a uma gestão centralizada e destituída de espírito inovador, a que tem faltado a visão necessária e um conceito de universidade que considere os desafios de Cabo Verde”.
Outro nome na corrida é Artur Furtado. O coordenador cientifico das áreas da Economia e Ciências Exatas e Tecnológicas, ligado á Escola de Negócios e Governação, anunciou recentemente à a sua intensão de candidatar-se ao cargo de reitor, mas não avançou ainda mais informações sobre a sua candidatura.
Ainda sem confirmação concreta , a candidatura de Corrine Almeida, do Departamento de Engenharias e Ciências do Mar, São Vicente, e doutora pela Universidade de las Palmas, de Gran Canárias. Entretanto, fontes da universidade pública dão como certa a candidatura da bióloga.
Fora da corrida está Irene Cruz, atual Presidente do Conselho Diretivo do Departamento de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Cabo Verde. Apoiada por um grupo identificado como próximo a Amália Lopes, ex-candidata nas eleições de 2014, Irene Cruz diz ter ponderado e optado por não avançar por agora.
Judite Nascimento, a primeira reitora da Universidade de Cabo Verde eleita diretamente pela academia e que atualmente é também presidente do conselho de administração da Universidade Virtual Africana, já confirmou que é candidata a um segundo mandato em 2018. A motivação é consolidar os projetos em curso e manter a estabilidade e as parcerias firmadas pela Uni-CV durante o seu mandato.
O processo eleitoral, a votação já está agendada  para 19 de Janeiro, a entrega formal de candidaturas deverá acontecer até duas semanas antes. Segue-se um período em que poderão ser apresentadas reclamações sobre as listas candidatas. Depois de publicadas as listas definitivas, inicia-se o período de campanha eleitoral que decorre durante cerca de uma semana.
A votação é direta e secreta e nela participam docentes, funcionários e estudantes.

Orlando Pereira Dias, de Santa Cruz para África



Orlando Pereira Dia, assim se chama um dos rostos mais antigo do Movimento para Democracia. Hoje, aos 57 anos, disponibiliza-se para a presidência da mais importante instituição na África Ocidental, CEDEAO.
Orlando Pereira Dias, desde muito cedo, é associado a mudança política. Defende a democracia, liberdade e desenvolvimento sustentável de Cabo Verde
 Desde 200, abraçou a África, onde se tem encaixado como um” peixe na água”. Foi eleito vice-presidente do parlamento CEDEAO conquistando respeito e consideração ao longo dos seus homólogos da região.
Apresenta-se com defensor nato na integração africana, tendo feito tudo para que tenhamos uma África mais justa, mais livre e mais desenvolvida. Por isso, acredita que a sua disponibilidade para à presidência da CEDEAO representa uma mais-valia para Cabo Verde, pois é um cidadão que conhece muito bem as curvas daquela organização comunitária e que, por isso, julga ter condições para o cargo.

Natural do concelho de Santa Cruz, Orlando Pereira Dias se considera um homem convicto, que sempre consegue o que quer. Nasceu a 01 de Novembro de 1960, no seio de uma família humilde encabeçada por, António Gonçalves Pereira e Suzana Dias Tavares.
Aos seis meses de vida, Dias deixou a sua terra natal e acompanhou os pais a caminho de São Tomé e Príncipe, onde fez todos os seus estudos primários e secundários. Desde muito cedo, se mostrou destinado aos estudos, sempre chamando atenção dos professores. Em 1979 concluiu os estudos secundários com uma classificação final de18 valores, o que lhe conferiu o direito a uma bolsa de estudos para fazer o curso de Medicina na Universidade Estatal da Medicina da Crimeia, onde licenciou-se, em 1987.  Um ano depois de ter concluído a licenciatura com uma média de19 valores, Orlando Dias regressou ao país de origem, tornando-se conhecido como médico. Foi integrado na Ordem dos Médicos de Cabo Verde, com o número 37. O Banco de Urgência do Hospital Agostinho Neto lhe acolheu por um ano de experiência.
Neste mesmo ano, levou a sua experiência do médico para outra ilha. No Fogo, ocupou o cargo durante cinco anos, dirigindo vários serviços de medicina, como pediatria, ginecologia, obstetrícia e programa de luta contra a tuberculose. Na ilha, Orlando era muito querido pela população, pelo que se identificava como um médico de família.
Entre 1992 e 1999 exerceu-se como Delegado do Município de Santa Cruz onde, recebeu uma última avaliação do Ministério da Saúde com 19 valores. Um ano mais tarde e com vários anos de experiência no ramo da medicina, Orlando Dias resolveu subir mais uma escada. Desta vez, rumou-se ao Brasil.
O centro de pesquisas Ageu Magalhães da Fundação Osvaldo Cruz, foi o lugar onde se agregou para o Mestrado em Saúde Pública. Em 2012, defendeu a tese com o tema: “Uma análise compreensiva da reforma do sistema de saúde de cabo verde: identificando as perspetivas de futuro na opinião dos principais atores”.


Caminho político
A vida de Orlando Pereira Dias, desde muito cedo, seguiu-se entre dois ramos: A Medicina e a Política. Enquanto andava com medicina numa mão, segurava a política noutra. Um homem potente, como diz, conseguiu agarrá-las juntas por um bom tempo.
Em outubro de 1990, Dias deu o seu primeiro passo na política. Inscreveu-se como militante do Movimento Para Democracia (MPD) e membro da primeira Comissão Política na ilha do Fogo. No mesmo ano, participou na primeira Convenção Nacional do partido como Delegado. Um ano mais tarde, candidatou-se na lista do MPD, como suplente, para as eleições legislativas, para a freguesia de São Lourenço, ilha do Fogo.
Em 1993, foi eleito Coordenador da Comissão Política do MPD, em Santa Cruz, para, em 1995, encabeçar a lista do seu partido às eleições legislativas desse ano, para aquele círculo eleitoral, do mesmo e foi eleito Deputado da nação cabo-verdiana juntamente com mais três elementos.
Entre 1996 e 2000 foi eleito a vereador da Câmara Municipal de Santa Cruz. Logo depois de um ano, foi encabeçada na lista do MPD e foi reeleito a Deputado da Nação. O ano 2002 foi mais uma das grandes conquistas para Orlando Dias: Foi eleito deputado do Parlamento da CEDEAO.
Após ter abraçado a CEDEAO, a vitória foram-se acumulando. No cargo de Deputado do Parlamento permaneceu até 2011, em que foi reeleito. Cinco anos depois, os colegas de Orlando Dias deram-lhe mais um voto de confiança, ortogando-lhe a função de vice-presidente do Parlamento da CEDEAO.
As necessidades destes países, principalmente Cabo Verde, saltou-lhe aos olhos de. Desde então, tem sempre governado todos os trabalhos no CEDEAO com objetivo de melhorar a África.
Orlando Pereira Dias é casado com a enfermeira Nira Gonçalves Dias e pai de três filhos. Atualmente, é membro da Comissão Política Nacional do MPD, Deputado Nacional e Vice-Presidente do Parlamento da CEDAO e candidato a Presidente.
Com uma concorrência forte a uma grande instituição na África, para ele é mais um desafio aliciante que o destino reservou. No entanto sente-se um Presidente honesto, frontal e com um percurso elevado para governar CEDEAO. Por isso disponibilizou-se para o cargo.


Por Cristina Gonçalves