O ministro das
Finanças reconhece que a dívida pública de Cabo Verde é “enorme e excessiva”,
mas “não insustentável” e que o Governo está a trabalhar para reduzir o seu
rácio em percentagem do Produto Interno Bruto.
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Ministro das finanças- Olavo Correia |
Olavo Correia reagia, assim, aos dados da Campanha
para o Jubileu da Dívida (CJD), segundo os quais o número de países com crises
de dívida subiu de 22 para 27 em 2016, e há mais 80 em risco de entrar em
crise, sendo que Cabo Verde está em risco de sofrer uma crise de dívida pública
ou privada.
“Isso não é novidade, sabemos que Cabo Verde tem uma
dívida pública enorme e excessiva e estamos a trabalhar para reduzir o rácio da
dívida pública que tem a sua percentagem no PIB”, lembrou, assegurando que isso
não se consegue num único dia e que é uma trajetória para os próximos cinco
anos.
Questionado se a dívida do arquipélago é
“insustentável”, Olavo Correia responde que “não”, avançando que o executivo
está a trabalhar para reduzir o rácio da dívida com percentagem no PIB.
A redução do rácio da dívida pública, segundo
explicou, passa por uma aceleração dinâmica da situação económica e
ainda por uma maior racionalidade da escolha dos investimentos públicos,
para que essa dívida seja colocada numa trajetória de sustentabilidade.
Olavo Correia considerou ainda que a sustentabilidade
“é essencial”, para que se possa ter um quadro fiscal mais económico e estável,
que no seu entender “é imprescindível” para a dinâmica do crescimento da
economia cabo-verdiana.
Os números divulgados pela CJD, uma organização não
governamental dedicada a “libertar os povos da dívida”, mostram que “há 27
países em todo o mundo a atravessar uma crise de dívida” pública, incluindo os
lusófonos Moçambique e Portugal. Além destes, há “mais 80 em risco de evoluírem
para esse estado”.
Segundo a mesma fonte, entre os países que estão em
risco de entrar em crise está São Tomé e Príncipe, sendo que o Brasil arrisca
uma crise de dívida privada e Angola e Cabo Verde estão em risco de sofrer uma
crise de dívida pública ou privada.
Fonte inforpress
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