sábado, 20 de maio de 2017

Governo admite que dívida a pública é “enorme e excessiva”


O ministro das Finanças reconhece que a dívida pública de Cabo Verde é “enorme e excessiva”, mas “não insustentável” e que o Governo está a trabalhar para reduzir o seu rácio em percentagem do Produto Interno Bruto.

Ministro das finanças- Olavo Correia
Olavo Correia reagia, assim, aos dados da Campanha para o Jubileu da Dívida (CJD), segundo os quais o número de países com crises de dívida subiu de 22 para 27 em 2016, e há mais 80 em risco de entrar em crise, sendo que Cabo Verde está em risco de sofrer uma crise de dívida pública ou privada.

“Isso não é novidade, sabemos que Cabo Verde tem uma dívida pública enorme e excessiva e estamos a trabalhar para reduzir o rácio da dívida pública que tem a sua percentagem no PIB”, lembrou, assegurando que isso não se consegue num único dia e que é uma trajetória para os próximos cinco anos.

Questionado se a dívida do arquipélago é “insustentável”, Olavo Correia responde que “não”, avançando que o executivo está a trabalhar para reduzir o rácio da dívida com percentagem no PIB.

A redução do rácio da dívida pública, segundo explicou, passa por uma aceleração dinâmica da situação económica e ainda por uma maior racionalidade da escolha dos investimentos públicos, para que essa dívida seja colocada numa trajetória de sustentabilidade.

Olavo Correia considerou ainda que a sustentabilidade “é essencial”, para que se possa ter um quadro fiscal mais económico e estável, que no seu entender “é imprescindível” para a dinâmica do crescimento da economia cabo-verdiana.

Os números divulgados pela CJD, uma organização não governamental dedicada a “libertar os povos da dívida”, mostram que “há 27 países em todo o mundo a atravessar uma crise de dívida” pública, incluindo os lusófonos Moçambique e Portugal. Além destes, há “mais 80 em risco de evoluírem para esse estado”.

Segundo a mesma fonte, entre os países que estão em risco de entrar em crise está São Tomé e Príncipe, sendo que o Brasil arrisca uma crise de dívida privada e Angola e Cabo Verde estão em risco de sofrer uma crise de dívida pública ou privada.

Fonte inforpress

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